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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A avaliação na Educação Infantil

Neste encontro iniciamos com a técnica da caixinha de surpresas de onde saia um bombom com uma característica a ser atribuída a alguém do grupo, com o intuito de  introduzir o tema AVALIAÇÃO. Como é difícil atribuir às pessoas características/ qualidades sem conhecê-las bem. Porém fez com que pudéssemos analisar a situação e repensar esse tema tão importante.
Mas afinal O QUE É AVALIAR? E para estudarmos utilizamos como referência o livro Projetos Pedagógicos na Educação Infantil, da Maria Carmem Barbosa e Maria da Graça Horn:
A avaliação na Educação Infantil já passou por duas correntes bem fortes, mas com a LDB, onde se propôs que a avaliação na educação infantil: “far-se-a mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promover, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”, abriu-se novos caminhos destinados a pensar a avaliação na educação das crianças pequenas.
Foi lançado então um novo desafio: elaborar uma avaliação apropriada, autêntica, significativa e dinâmica, baseada no contexto de um grupo de crianças e na experiência real de cada criança particularmente.
Nessa dimensão, cada sujeito tem um percurso pessoal, e o acompanhamento das aprendizagens é a única forma de valorizarmos não apenas o resultado, mas todo o percurso construído pelo grupo e pelo sujeito em seu processo de aprendizagem.
Uma série de estratégias podem ser pensadas a partir dessa perspectiva, como as de observar, documentar, refletir e compreender para podermos acompanhar a trajetória de nossos alunos, bem como qualificarmos nossa prática pedagógica, redirecionando nossa caminhada.
O acompanhamento das aprendizagens precisa ser realizado constante e sistematicamente e para isso precisamos utilizar diferentes tipos de instrumento de observação, registro e análise.
Vários são os instrumentos de que poderemos nos valer para construirmos uma consistente e qualificada documentação pedagógica:
a) o diário de campo: caderno de registro do professor, apontar seus sentimentos e interpretações;
b) os anedotários: fichas individuais das crianças em que são registrados os aspectos afetivos, emocionais e sociais;
c) o diário de aula: onde o professor planeja suas aulas e relata os acontecimentos;
d) o livro da vida ou da memória do grupo: é um diário coletivo de registros, onde as crianças podem representar acontecimentos, sentimentos, e situações significativas;
e) as planilhas: com os objetivos  a serem alcançados e as habilidades a serem desenvolvidas;
f) as entrevistas: registro dos diálogos entre os diferentes atores;
g) debates ou conversas: é o registro escrito de conversas, idéias ou debates entre o grupo de crianças e deste com a professora;
h) relatórios narrativos: imagens, desenhos, textos, coleta de amostras de trabalho, diários de aprendizagens, gravações, agendas;
i) auto-avaliação: propiciar a auto-avaliação dos trabalhos realizados e a seleção dos trabalhos que parecem mais significativos para elas;
j) coleta de amostra de trabalhos: seleção de materiais significativos realizados durante um determinado período;justificar e argumentar a escolha;
 l) fotografias e gravações: registro fotográfico e sonoro de atividades, trabalhos, passeios, etc; para análise, exposição, reflexão, conclusão, inclusive para possibilitar a quem não estava presente conhecer determinados fatos, e também para desenvolver a oralidade e o registro;
m) depoimentos dos pais: comunicação permanente e participação dos pais na avaliação do crescimento e desenvolvimento das crianças;
n) comentários dos colegas: a análise dos colegas sobre os trabalhos realizados;
o) teorias de desenvolvimento, aprendizagem e ensino: conhecimento das teorias para embasamento de suas ações e comentários;
Descrevemos uma série de instrumentos de acompanhamento dos quais o professor pode valer-se para desenvolver o processo de documentação que servem para a construção de dossiês e de portfólios. Isso não significa, porém, que será necessário utilizar todos eles; na verdade é preciso selecionar e planejar seu uso, já que o acompanhamento é feito por meio de ações contínuas e não de improvisações ao final do ano.
Para esses registros terem sentido é preciso que estejam organizados e essa organização pode ser em forma de portfólios, dossiês ou arquivos biográficos. Os materiais devem ser periodicamente analisados com as crianças e com os pais para que se discutam os progressos, as áreas em que se deve trabalhar para ampliar as potencialidades, os progressos, as dificuldades das crianças e a proposta de novos desafios;
Todas essas formas de acompanhamento podem auxiliar os docentes a verificar os avanços significativos, as dificuldades e o próprio processo de construção de conhecimentos. Ao mesmo tempo, os pais e a comunidade compreendem o que se passa na escola e podem, então, colaborar e também aprender.
Os portfólios não são apenas a seleção dos materiais. É preciso apreciar, analisar, interpretar, construir sentidos, planejar o futuro, criar uma narrativa afinal.
Todos devem ter espaço para o registro: os pais, as crianças, a professora.
Somente assim a avaliação terá sentido e servirá para redimensionar a práxis pedagógica.







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